SAFs AJUDAM A ATRAIR INVESTIMENTOS PARA CLUBES DE FUTEBOL DO INTERIOR

Out 21, 2024 - 10:02
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SAFs AJUDAM A ATRAIR INVESTIMENTOS PARA CLUBES DE FUTEBOL DO INTERIOR
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Desde a implementação do modelo no Brasil, em 2021, a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) tem se apresentado como uma solução para os problemas de gestão dos clubes brasileiros. No caso dos times do interior, ela também pode ser vista como um mecanismo de entrada de investimentos.
Minas Gerais é um dos estados que mais se destacam no cenário das SAFs, principalmente em relação aos clubes de cidades do interior. Isso porque, a região possui uma das primeiras equipes a adotar esse modelo no País, o Athletic Club; e um dos primeiros times fundados sob esse formato de gestão, o Itabirito Futebol Clube.
O Boston City, de Manhuaçu, na Zona da Mata; e o Guarani, de Divinópolis, na região Centro-Oeste do Estado, são outros casos de destaques de clubes mineiros que passaram a adotar esse modelo. Além deles, o Pouso Alegre também pode vir a ser o próximo dessa lista. A diretoria do time da região Sul de Minas irá realizar no dia 28 deste mês uma assembleia para discutir uma proposta de SAF para o clube.

MOTOS E MOTOS

APOIO ÀS SAFs DO INTERIOR
Durante a segunda edição do Fórum SAF, em Belo Horizonte, o empresário ex-acionista do Athletic e fundador do Itabirito, Vinicius Diniz, destacou que os clubes do interior dependem do engajamento da cidade para manter as receitas e o projeto em funcionamento. “Os times do interior dependem muito dos patrocínios locais e de empresas que acreditam no projeto”, disse.
No entanto, Diniz ressaltou que as empresas só investem em projetos que demonstram seriedade na gestão. Além disso, pontuou que o engajamento da região depende de uma série de fatores para criar um ambiente propício para que o futebol gere os resultados esperados para o município, como os ganhos para o comércio e serviços. “Eu estou vendo um movimento muito legal dos empresários locais se juntando e usando os mecanismos da SAF para ressurgir alguns clubes e organizar as dívidas”, disse ele.
O especialista reforçou que a saúde financeira de uma SAF do interior está diretamente ligada aos patrocinadores e, para ter esse patrocínio, é preciso ter um elenco disputando campeonatos que gerem a exposição da marca.
Outras fontes de renda desses times são a venda de jogadores e as atividades realizadas nos estádios, principalmente aquelas voltadas para a experiência do torcedor. Na visão de Diniz, um dos fatores que devem ser levados em consideração no momento de escolher em qual time investir é a capacidade do município oferecer condições logísticas para atuar na área. Além disso, é preciso realizar uma análise socioeconômica da região para saber o potencial de investimentos.
Existem dois tipos de empresários que investem em equipes de futebol, segundo o especialista: o torcedor e o investidor em busca de oportunidades de negócios. No entanto, ele ressalta que, se houver mais paixão do que business, ele está fadado a se tornar um negócio próprio, inegociável e nem rentável.

GESTÃO EFICIENTE NO FUTEBOL
Já o CEO do Itabirito SAF, Maycon Pereira, afirmou que só é possível pensar em futebol enquanto negócio se a receita for superior à despesa: “Essa é a maneira como eu vejo matematicamente esse negócio”. Ele também destacou que o negócio a ser trabalhado nessa área é a paixão, mas que ele deve ser gerido de forma extremamente racional, com processos, investimentos e retornos.
Além disso, Pereira avaliou que, independente do modelo de negócio, o perfil das pessoas ligadas ao projeto é um fator importante para o sucesso. Para o empresário, a gestão baseada em austeridade e responsabilidade com o orçamento tende a proporcionar resultados mais exitosos. “O futebol tem suas variáveis, dificuldades e particularidades, mas nós precisamos compreender que a profissionalização na gestão é extremamente necessária e indispensável para o sucesso do negócio”, disse.

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 SAF PROPORCIONA ATRAÇÃO DE INVESTIMENTOS PARA OS CLUBES
Para Diniz, o modelo SAF proporciona um mecanismo para criar alavancagem e atrair investimentos externos. “É em virtude da SAF que eu e investidores de outros países estamos entrando nesse mercado. Essa ferramenta trouxe outras formas de alavancagem de crescimento dos clubes do interior”, disse.
O empresário ainda destacou a dificuldade enfrentada pelas equipes do interior, uma vez que os times que disputam divisões inferiores do estadual terão que funcionar sem os recursos de direitos de transmissão. Ele explicou que, devido a esse cenário, o projeto deve ser elaborado visando um período de médio a longo prazo: “Tem que ter um projeto de empresários e de investimentos para que isso chegue lá na frente com receita suficiente para otimizar as dívidas. Eu acredito que o processo de SAF ajuda a organizar essas dívidas e trazê-las para uma realidade de pagamento”.   

                                                                                 Da Redação com Diário do Comércio

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