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Operação Effluo mira esquema de fraudes em concursos municipais

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Divulgação/PCMG

Com o objetivo de reprimir um esquema de fraude em concursos públicos em diferentes estados, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) realizou, nessa quarta-feira (8/11), a segunda fase da operação Effluo. Ao todo, 18 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos estados da Bahia, Minas Gerais e Pernambuco e três prisões foram efetuadas.

Dentre os endereços alvo das ordens judiciais, estão quatro escritórios de advocacia, a Câmara Municipal de São José da Lapa, a Prefeitura Municipal de Piedade de Caratinga, a sede do Instituto de Educação e Saúde Pública – instituição investigada – e as residências dos investigados.

Entenda o caso

Conforme levantamentos da PCMG, uma organização criminosa especializada em fraudar concursos públicos municipais teria alterado o ato constitutivo da Associação Comunitário de Guarani e Jurema, com sede em Serrinha (BA), transformando-a no Instituto de Educação e Saúde Pública (IESP Concursos). A partir desse ato, o Instituto passou a oferecer a realização de concursos públicos municipais, alegando possuir mais de 20 anos de experiência na área.

“Por se tratar de associação sem fins lucrativos, e aproveitando-se da previsão contida na Lei de Licitações, os municípios contratavam o Instituto por meio do procedimento de dispensa de licitação”, esclarece o delegado regional em Caratinga, Ivan Lopes Sales.

Contudo, conforme apurado pela Polícia Civil, após a contratação, o Instituto oferecia facilitação na aprovação de pessoas indicadas pelo administrador público e servidores públicos do alto escalão municipal, o que teria ocorrido em Piedade de Caratinga (MG). As investigações indicam que o prefeito municipal, após contratar a banca examinadora, passou a oferecer facilitação na aprovação do concurso público mediante o pagamento da quantia correspondente ao primeiro salário a ser recebido pelo cargo.

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Intervenção

Visando evitar a fraude, a PCMG interveio na realização do concurso, digitalizando os gabaritos dos candidatos para garantir que o resultado corresponderia às notas. “Contudo, após tomar ciência da atuação policial, um membro do Instituto encaminhou, dois dias antes da realização do certame, a prova e o gabarito a fim de garantir a aprovação de um advogado, de um dentista e de uma enfermeira”, explica o delegado Ivan Lopes.

As apurações sugerem que o advogado beneficiado teria sido o responsável pela contratação do Instituto, utilizando-se do cargo público que exercia à época dos fatos, sendo o principal interlocutor entre o município de Piedade de Caratinga e a banca examinadora.

Ficou apurado ainda, que a fraude no concurso de Piedade de Caratinga ocorreu com a mediação de um policial militar da Bahia e representante do Instituto, bem como por sua esposa, uma advogada supostamente responsável pela alteração do ato constitutivo da associação e que teria poderes de gerir as contas do Instituto.

Contratação

A Polícia Civil descobriu que o Instituto investigado, apesar de sediado no estado da Bahia, teria realizado diversos concursos em outros municípios de Minas Gerais.

O instituto possuía como representante em Minas o presidente da Câmara Municipal de São José da Lapa, que, à época da contratação com o município de Piedade de Caratinga, exercia o cargo de secretário de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente no município de São José da Lapa. Ele seria o responsável pelo oferecimento e formalização da contratação, com dispensa de licitação, utilizando, ainda, da atuação de um advogado de Belo Horizonte para angariar outros municípios interessados na fraude.

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Prisões

Foram presos preventivamente um advogado na cidade de Caratinga, o presidente da Câmara de São José da Lapa, um policial militar do Estado da Bahia que residia em Caruaru (PE) e o presidente do Instituto, residente em Feira de Santana (BA). Um investigado, presidente do Instituto, não localizado no curso da operação, continua sendo procurado.

Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão foram apreendidos documentos, computadores, celulares e R$ 10 mil em espécie.

Ivan Lopes adiantou que, com a descoberta da fraude em Piedade de Caratinga, outras investigações podem se desdobrar com os indícios de crimes cometidos em outras cidades

A operação Effluo foi coordenada pela Delegacia Regional em Caratinga, com apoio do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp) e das polícias civis da Bahia e de Pernambuco. Foram empenhados 72 policiais civis, entre delegados, investigadores e escrivães.

Fonte: Polícia Civil de MG

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PCMG participa de ação integrada em escola de BH

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Divulgação/PCMG

“A Escolha é Sua!” foi o tema da ação em que a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) participou com o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) e com a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), na manhã do último sábado (25/11). Representantes das forças de segurança estiveram na Escola Estadual Professor Agnelo Correia Viana, no bairro Jardim Leblon, região de Venda Nova, em Belo Horizonte, para apresentar a atuação de cada uma das instituições que salvam e protegem vidas. A iniciativa reuniu cerca de 300 adolescentes.

A ideia surgiu a partir de um curso de Polícia Comunitária com a delegada Isabella Oliveira da PCMG e o tenente Raphael Gomes da Silva da PMMG. O Departamento Estadual de Investigação, Orientação e Proteção à Família (Defam) integrou a equipe por meio da chefe da Divisão Especializada de Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente (Dopcad), delegada Renata Ribeiro.

Pela PCMG, as delegadas e o escrivão Henrique Siqueira ministraram palestra sobre o acesso e os riscos da internet. Os estudantes tiveram a oportunidade de conhecer a atuação da polícia judiciária e receberam orientações quanto ao uso seguro da internet e crimes de violências doméstica e sexual de modo geral. Com a PMMG, os adolescentes receberam dicas preventivas de segurança para acesso e uso de celular e computador, e com a equipe do CBMMG, participaram de demonstrações de levantamento de veículos e resgates de vítimas. Ainda, o Tirinha, mascote da PCMG, levou alegria e descontração aos participantes, prestigiando as atividades na escola.

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A chefe da Dopcad explicou a participação da PCMG na ação voltada para os adolescentes. “Falamos para eles sobre os riscos que estão expostos na internet e que podem acarretar consequências em suas vidas. Também orientamos quanto aos crimes contra dignidade sexual e violência doméstica de modo geral. Os alunos assistiram atentos. Tenho certeza que será de grande valia para o cotidiano deles”, destacou a delegada Renata Ribeiro.

“Foi uma manhã muito produtiva. Os alunos gostaram bastante e tenho certeza que aprenderam muito. A escola estava toda empenhada no evento, entendendo a importância da proximidade das forças de segurança junto da comunidade. Não há dúvidas de que conseguimos despertar o interesse de muitos ali”, garantiu a delegada Isabella Franca, da Superintendência de Informações e Inteligência Policial (Siip).

Para a chefe do Defam, delegada-geral Carolina Bechelany, foi grandiosa a atuação integrada. “Parabenizo todos os envolvidos por essa iniciativa tão importante e expressiva!”, elogiou.

Fonte: Polícia Civil de MG

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