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disponibilizado R$ 20 milhões do Funcafé para recuperação de cafezais danificados

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Mapa e agentes financeiros assinam contratos para disponibilização de R$ 20 milhões do Funcafé para recuperação de cafezais danificados

RECUPERAÇÃO DE CAFEZAIS — Nesta semana, o presidente executivo do CNC, deputado Silas Brasileiro, reuniu-se com o ministro interino da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eumar Novacki, para tratar, entre outros assuntos, das liberações de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). O representante do Governo Federal confirmou a nomeação de Sílvio Farnese como diretor substituto no Departamento de Café, Cana de Açúcar e Agroenergia, que, assim como a Coordenadora-Geral de Café, Janaína Macedo Freitas, ficam autorizados a assinarem, com o Ordenador de Despesa, todos os documentos referentes aos atos de gestão orçamentária e financeira dos recursos do Fundo.Não obstante, a nomeação de um diretor, ainda que interinamente, deu celeridade na contratação dos R$ 20 milhões do Funcafé destinados à linha de financiamento para operações de Recuperação de Cafezais Danificados, publicada no Diário Oficial da União desta semana. Desse total, R$ 7,8 milhões foram acertados com o Bancoob; R$ 7,7 milhões com o Sicoob Central ES; R$ 3,5 milhões com o Sicoob Crediminas; R$ 600 mil com o Sicoob Coopacredi; e R$ 400 mil com o Sicoob Agrocredi.

O CNC recorda que podem solicitar esses recursos os produtores que tiveram, no mínimo, 10% da área de suas lavouras cafeeiras danificadas por chuvas de granizo, geadas, vendavais ou outros fenômenos climáticos. O financimaneto se destina a recuperação e replantio da área afetada, conforme orçamento, que deve ser acompanhado de laudo técnico que delimite a área prejudicada, a intensidade das perdas decorrentes do evento e identifique a forma de recuperação da capacidade produtiva dos cafezais.

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Segundo determinado no Manual de Crédito Rural (MCR), o limite de empréstimo é de até R$ 3 mil por hectare, restrito a R$ 400 mil por produtor, ainda que em mais de uma propriedade. O período de contratação se estende de janeiro a dezembro, com a formalização ocorrendo até 10 meses após a ocorrência do evento climático.

O reembolso é realizado em três parcelas anuais subsequentes, respeitados os prazos: (i) de até 6 (seis) anos, incluídos até 3 (três) anos de carência, para os financiamentos destinados à recuperação de lavouras submetidas ao procedimento de recepa ou arranquio; e (ii) de até 5 (cinco) anos, incluídos até 2 (dois) anos de carência, para os financiamentos destinados à recuperação de lavouras submetidas ao procedimento de esqueletamento.

EFEITO DO CLIMA — Atendendo a um convite da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo (FAES), o presidente executivo do CNC, deputado Silas Brasileiro, participou de uma reunião da cadeia produtiva do café, oportunidade na qual foi exposta a preocupação dos produtores com as consequências do efeito climático que afetou os cafezais capixabas, bem como a apreensão do setor industrial frente ao cenário de desabastecimento que a quebra de safra ocasionou.

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Foram apresentadas diversas ideias por parte dos representantes das instituições e, diante do exposto, decidiu-se que uma proposta será elaborada na próxima reunião conjunta do Conselho Nacional do Café com as Federações de Agricultura de Minas Gerais (FAEMG) e do Espírito Santo (FAES), no dia 10 de novembro, em Belo Horizonte (MG).

O presidente do CNC destaca que, se efetivamente for constatada a falta de café conilon para as indústrias, poderá haver uma mudança no blend dos produtos, com a redução de robusta e o aumento da variedade arábica no caso das torrefações. Por outro lado, para as indústrias de solúvel, é necessário que se busque outra solução, uma vez que a substituição das variedades é inviável economicamente para este segmento.

Após ouvir toda a cadeia produtiva, o CNC encaminhará uma proposta consensual para o Ministério da Agricultura, que deverá ser posta em pauta em reunião, a ser agendada e presidida pelo ministro Blairo Maggi, do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC), haja vista que esse colegiado, de acordo com seu estatuto, é responsável por “regulamentar ações que visem à manutenção do equilíbrio entre a oferta e a demanda do café para exportação e consumo interno”.

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Ipea diz que crescimento do PIB do agronegócio, em 2023, será de 15,5%

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O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta segunda-feira (25.09) uma nova projeção para o valor adicionado (VA) do setor agropecuário em 2023 e a primeira estimativa para 2024.

Os pesquisadores revisaram a estimativa de crescimento do setor de 13,2% para 15,5%. Essa revisão foi justificada pelo desempenho acima das expectativas no segundo trimestre, pelas revisões positivas nas previsões do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para as principais culturas agrícolas e pelo bom rendimento na produção de bovinos e aves.

O valor adicionado da agropecuária representa o total produzido no setor, descontando o consumo intermediário, ou seja, o uso de bens e serviços de outros setores durante a produção, como insumos, máquinas e equipamentos.

O setor agropecuário já havia registrado um crescimento de 18,8% no primeiro trimestre e continuou sua expansão no segundo trimestre, com um aumento de 17% em relação ao mesmo período de 2022. Esse crescimento foi impulsionado em grande parte pelo aumento estimado de 61,4% na produção de soja na região Sul.

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Outra contribuição significativa veio do milho, cuja estimativa de crescimento foi revisada de 11,5% para 16%, especialmente devido ao avanço previsto de 17,5% na segunda safra.

O Ipea também destacou que quatro das cinco principais culturas agrícolas tiveram revisões significativas em suas estimativas de crescimento da produção. Além da soja e do milho, as produções de cana-de-açúcar e algodão também foram revisadas para cima e devem impactar positivamente o terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior. A cana-de-açúcar teve uma previsão de alta revisada de 6,6% para 8,6%, enquanto o algodão teve a maior revisão, de 2,9% para 10,0%.

No que diz respeito aos produtos pecuários, as produções de bovinos e frangos também superaram as expectativas no segundo trimestre, com aumentos de 10,8% e 7,2%, respectivamente, em comparação com o mesmo período de 2022. Isso levou o Ipea a revisar suas projeções para essas duas culturas, com estimativas de crescimento agora em 7,0% e 6,3%, respectivamente.

Para 2024, o Ipea prevê um cenário de estabilidade, com um ligeiro aumento de 0,4% no valor adicionado do setor agropecuário. No entanto, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê que a produção de soja aumentará 5,1%, enquanto o milho e o algodão devem apresentar quedas de 9,1% e 5,5% em suas produções, respectivamente.

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A pecuária, especialmente os segmentos de frangos e suínos, deve ter um bom desempenho, enquanto a perspectiva para a produção de bovinos é um aumento de apenas 0,1%, apesar de representar a maior contribuição para o valor adicionado do setor agropecuário.

Com informações do Canal Rural

Fonte: Pensar Agro

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