Embrapa Café – Jamilsen Santos
Cafés do Brasil geraram US$ 5,4 bilhões de receita cambial em 2016 que representaram 6,4% do total das exportações do agronegócio
O Relatório mensal dezembro 2016, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – CeCafé, destacou que as exportações dos Cafés do Brasil superaram o volume de 34 milhões de sacas de 60 kg em 2016, das quais 29,56 milhões de sacas foram de café verde arábica, 580,31 mil sacas de café robusta, 29,2 mil de café Torrado & Moído e 3,83 milhões de café solúvel. Segundo o CeCafé, o café arábica e o café solúvel embar-cados ano passado atingiram o maior volume anual desde o início das ex-portações de café do Brasil. No entan-to, as exportações de café robusta em 2016 reduziram 86,2% com relação a 2015 e, em decorrência de condições climáticas adversas, voltaram aos patamares de 1997.
As exportações dos Cafés do Bra-sil geraram aproximadamente US$ 5,4 bilhões de receita cambial em 2016 e representaram 6,4% do total das exportações do agronegócio brasileiro nesse ano, que foi de US$ 84,9 bilhões.
De acordo com o relatório o ran-king dos cinco principais países que compraram os Cafés do Brasil nesse ano foram: Estados Unidos em primeiro lugar, com 6.477.794 sacas, que correspondem a 19% dos em-barques brasileiros; seguido pela Alemanha, com 6.220.107 sacas, responsável por 18,3% das exporta-ções; Itália em terceiro lugar, com 2.876.918 sacas (8,5%), Japão em quarto, com 2.538.786 sacas (7,5%); e Bélgica em quinto lugar, com 2.089.747 sacas (6,1%).
Nesse relatório constam os maio-res continentes que importaram café brasileiro no ano passado: Europa, com 18,42 milhões de sacas; América do Norte, com 7,60 milhões de sacas; Ásia, 5,95 milhões; e América do Sul, 1,17 milhões. Os continentes África, Oceania e América Central juntos foram responsáveis pela importação de aproximadamente 860 mil sacas de café do nosso País.
Nessa edição, as exportações bra-sileiras de café para a Ásia apre-sentaram taxa de crescimento média de 3,7% ao ano no período de 2011 a 2015. Vale destacar que nesse mesmo período as exportações de café robusta aumentaram – em média – mais de 30% ao ano para o conti-nente asiático, segundo o Conselho.
Com relação especificamente ao mês de dezembro de 2016, o Relatório apontou que foram exportadas 3,07 milhões de sacas de café, que geraram receita cambial de US$ 557 milhões para o Brasil. As exportações de cafés verdes foram de 2.748.710 sacas (sendo 2.737.673 sacas de ará-bica e 11.037 sacas de robusta) e as de cafés industrializados corres-ponderam a 320.268 sacas (319.331 sacas de café solúvel e 937 sacas de café torrado e moído).
Brasil bate record e produz 51,37 milhões de sacas de café
Embrapa Café – Lucas Tadeu Ferreira
A área em produção foi de 1,951 milhões de hectares com produtividade média de 26,33 sacas de 60kg.
Produção de café arábica foi de 43,24 milhões de sacas e
conilon de 7,98 milhões
A Companhia Nacional do Abaste-cimento – Conab, vinculada ao Minis-tério da Agricultura Pecuária e Abaste-cimento – Mapa, divulgou a safra de café de 2016 e aponta que o Brasil, neste ano de 2016, teve a maior safra de café da sua história. A produção atingiu um volume de 51,37 milhões de sacas de 60 quilos do produto beneficiado das espécies arábica e conilon, sendo que a safra de arábica foi de 43,24 milhões e a de conilon de 7,98 milhões. Esse volume de 2016 representa um aumento de 18,8% em relação a 2015. O recorde nacional da produção de café apurado anterior-mente foi de 50,8 milhões de sacas em 2014.
Nesse contexto, o Levantamento aponta que a área em produção no país teve ligeira redução de 1,5% em relação à área de 2015, e totalizou 1,951 milhões de hectares. Em contra-partida, a produtividade média foi de 26,33 sacas por hectare, o que repre-sentou um aumento de 17,1% em relação à safra passada. Explica-se tal ganho em função da adoção de novas tecnologias pelos produtores de café, assim como, de condições climáticas favoráveis ocorridas nas principais regiões produtoras de arábica, aliadas ao ciclo de bienalidade positiva, que favoreceram as lavouras na maior parte dos estados produtores. O Levantamento aponta ganhos em São Paulo de 46,7%; Mato Grosso (39,4%); e Minas Gerais (32,2%).
O café arábica continua predo-minando nas lavouras de café no país, pois nesta safra representou 84,4% da produção total do grão com de 43,38 milhões sacas produzidas. Tal resultado foi 35,4% superior à safra de 2015 .
O café conilon, que representou 15,6% do total produzido no País, teve um volume apurado de 7,98 milhões de sacas de 60kg, apresentou uma redução de 28,6% na produção, se comparada com a safra passada.
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