Agricultura

Audiência Pública discutirá broca do cafeeiro

Publicado em

ações eficientes de controle da broca

24102015 Presença nas palestras

Lena Oliveira

No início de outubro, foi realizado em Patrocínio/MG, o 23º Seminário do Café, promovido pela Associação dos Cafeicultores da Região de Patrocínio (Acarpa) que contou com extensivo debate sobre medidas eficientes de controle da broca do cafeeiro. Diante da necessidade de mobilização das autoridades competentes na atenção ao tema, a Acarpa endereçou pedidos ao Conselho Nacional do Café (CNC) e a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) para que uma audiência pública pudesse debater o assunto.
Em correspondência datada em 21/10/2015, o deputado federal Silas Brasileiro, presidente do CNC confirmou a aprovação da Comissão de Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Desenvolvimento Rural – CAPADR da Câmara dos Deputados para que a audiência ocorra em 10 de dezembro de 2015, com horário e local a serem confirmamos. Assim como ocorreu durante o Seminário do Café, autoridades públicas, empresários, cooperativas e especialistas poderão discutir os impactos da broca do cafeeiro na cadeia do café.
Para o presidente da Acarpa, Marcelo Queiroz, a discussão é ampla e deve ser levada as autoridades para que providencias imediatas sejam tomadas. “A broca do cafeeiro não aflige apenas o Cerrado Mineiro, as demais regiões produtoras também poderão retratar a dificuldade e transtornos gerados pela broca do café, após a proibição do Endosulfan. A indústria poderá mostrar que as consequências já chegaram aos consumidores.
O papel da Acarpa como associação e da Federação dos Cafeicultores do Cerrado é este: de representar os produtores e de buscar junto as autoridades competentes as soluções necessárias a um problema que é macro”, reforçou.
O pedido de audiência público foi conclusão de sete horas de debates sobre o tema que ocorreram durante o Seminário do Café.
Entenda
A broca do cafeeiro tornou-se objeto de muitas preocupações, a partir de 2013, quando um dos principais produtos utilizados para o seu controle, o Endosulfan, teve a sua comercialização suspensa. A partir de então, os produtores do setor encontram-se numa situação delicada para controlar a referida praga e têm enfrentado inúmeros problemas tais como as reduzidas opções de inseticidas existentes no mercado, o desequilíbrio das lavouras e outros prejuízos causados pela má qualidade de grãos e da bebida. Essas consequências são também sentidas pela indústria de café e, obviamente, poderão atingir os consumidores.

Leia Também:  Em audiência pública promovida pelo MPMG, moradores do Lagoinha e Poder Público formam grupo de trabalho para tratar dos problemas do bairro

COMENTE ABAIXO:
Advertisement
Click to comment

You must be logged in to post a comment Login

Leave a Reply

Agricultura

Pesquisa mostra que produtores rurais são cada vez mais jovens e ligados em novas tecnologias

Published

on

Uma pesquisa da EY, uma das maiores empresas de consultoria e auditoria do mundo, em colaboração com a CropLife Brasil, uma associação que reúne as principais empresas atuantes na cadeia produtiva do agronegócio, revelou que o Brasil está testemunhando o surgimento de uma nova geração de agricultores.

O estudo aponta que esses novos empreendedores rurais apresentam níveis mais elevados de escolaridade em comparação com o que era observado há 30 ou 40 anos, além de um enfoque mais técnico e uma maior disposição para adotar tecnologias inovadoras.

De acordo com os resultados da pesquisa, quase 60% dos empreendedores rurais no Brasil pertencem à faixa etária de 25 a 44 anos. Essa nova geração de produtores rurais está redefinindo a imagem tradicional do agricultor brasileiro.

“O agronegócio brasileiro está se tornando cada vez mais maduro, atingindo níveis de eficiência e produtividade sem precedentes no mundo. As novas tecnologias em maquinário, implementos e irrigação disponíveis atualmente buscam solucionar a delicada equação entre produtividade, qualidade e sustentabilidade, que é uma preocupação fundamental dessa nova geração de agricultores”, afirma Cauê Campos, CEO do Grupo Pivot, uma empresa líder nacional na comercialização de máquinas agrícolas e sistemas de irrigação.

Leia Também:  Geraldo M. Ferreira do Grupo Bom Negócio recebe Mérito Empresarial da Federaminas 2022

Cauê, que representa a segunda geração da empresa (ele é filho do empresário Jorge Campos, um dos fundadores do Grupo Pivot), reconhece que os produtores rurais de hoje têm um perfil substancialmente diferente em comparação com décadas anteriores.

Para ele, com as tecnologias que estão sendo incorporadas ao campo atualmente, o Brasil está ingressando em uma nova era em seu agronegócio. “Sem subestimar a experiência daqueles que vieram antes e abriram novos horizontes, hoje temos agricultores mais atentos às pesquisas e aos dados gerados pelas soluções tecnológicas digitais disponíveis”, enfatiza o CEO da Pivot.

Além dos equipamentos de irrigação e máquinas agrícolas tradicionais, Cauê destaca a presença de várias soluções digitais que auxiliam os agricultores na gestão de seus negócios, como a plataforma Fieldnet da Lindsay e a AFS Connect da Case IH.

De acordo com Cauê, essas plataformas digitais, acessíveis por meio de qualquer smartphone ou tablet, oferecem uma ampla variedade de ferramentas para a gestão de propriedades rurais, incluindo o planejamento de plantio e colheita, manutenção de produtividade e de equipamentos agrícolas.

“Essas soluções digitais estão integradas a equipamentos como tratores com sistemas de piloto automático, colheitadeiras com mapeamento de área e até sistemas de irrigação com estações meteorológicas. Hoje, os equipamentos e ferramentas tecnológicas nos inserem na chamada agricultura 4.0”, destaca o CEO da Pivot.

Leia Também:  Colheita avança e não há registro de broca no café do Brasil

Outro estudo conduzido pela consultoria especializada Fruto Agrointeligência também destaca a tendência de rejuvenescimento da agricultura brasileira. A pesquisa revela que a idade média dos agricultores no Brasil está em torno de 46 anos, o que contrasta significativamente com os 58 anos dos agricultores americanos e os 60 anos dos europeus, que são os principais concorrentes do Brasil no setor agropecuário.

Além disso, alguns segmentos da agricultura nacional já estão sendo liderados pela nova geração, como os produtores de algodão, onde 60% têm menos de 35 anos e 52% possuem curso superior, seguidos pelos agricultores do Cerrado, com 44% abaixo dos 35 anos e 42% com formação superior.

Os produtores de hortaliças também estão aderindo a essa tendência, com 40% deles com menos de 35 anos e 26% com curso superior. Esses números destacam a crescente presença e qualificação da nova geração de agricultores brasileiros no cenário agrícola nacional.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

GRANDE BH

MINAS GERAIS

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA