
A mulher brasileira vive mais que o homem, mas tem pouco a celebrar no seu dia internacional, comemorado na próxima quarta-feira (8). A questão é com que qualidade de vida está vivendo mais. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que em 2022 o País atingiu 214,75 milhões habitantes. Em todas as faixas etárias, a população feminina é 3% maior com um total de 3,17 milhões de habitantes a mais. Esta diferença cresce quanto maior a idade e atinge o pico na parcela com 60 anos ou mais, quando a população feminina é 25% maior que a masculina.
Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, presidente do Instituto Penido Burnier, as peculiaridades do organismo feminino vêm sendo estudadas pela Oftalmologia para entender porque a mulher tem 50% mais doenças nos olhos.
Em estudo publicado na BMC, pesquisadores da Society for Women’s Health Research (SWHR) afirmam que o aumento da expectativa de vida deve dobrar até 2050 o número de mulheres com doenças oculares crônicas. Entre elas a catarata, degeneração macular, glaucoma e a oftalmopatia de Graves. “Esta última, também conhecida como doença ocular da tireoide, é uma condição inflamatória autoimune do olho e tecidos circundantes que pode causar o deslocamento do globo ocular para frente” pontua. Queiroz Neto afirma que outros sintomas desta doença são: olho seco, lacrimejamento, úlcera na córnea, visão dupla e redução da acuidade visual. “O tratamento é feito com anti-inflamatórios e em alguns casos requer descompressão cirúrgica do globo ocular”, salienta..
