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Encontro nacional voltado para discutir atenção às pessoas em situação de rua é realizado em BH

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O encontro tratou de boas práticas associadas à implementação da Resolução nº 425/2021, do Conselho Nacional de Justiça (Crédito: Cecília Pederzoli/TJMG)

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), por meio da Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef) e do Comitê PopRua/Jus, com apoio da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), realizou nesta sexta-feira (27/10) o 1º Encontro Nacional de Comitês Judiciais de Atenção às Pessoas em Situação de Rua. O evento ocorreu na sede do TJMG e tratou de boas práticas associadas à implementação da Resolução nº 425/2021, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que institui a Política Nacional de Atenção às Pessoas em Situação de Rua e suas interseccionalidades. A norma tem como foco oferecer atendimento prioritário a esse grupo nos tribunais brasileiros.

O presidente do TJMG, desembargador José Arthur de Carvalho Pereira Filho, disse que o Poder Judiciário está atento a essa causa. “As pessoas em situação de rua veem, todos os dias, as noites e as madrugadas escorrerem na selva de pedras das ruas dos grandes centros urbanos, às vezes ao longo de anos. Esse é um contexto para o qual o Poder Judiciário não pode fechar os olhos, pois se trata de um cenário que cria um imensurável abismo social, nos distanciando do ideal de uma sociedade justa e pacífica que tanto almejamos”, disse.

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O presidente do TJMG ressaltou que superar a realidade das pessoas em situação de rua não é tarefa de um governo, de um único poder ou de iniciativas isoladas de instituições (Crédito: Cecília Pederzoli/TJMG)

O presidente ressaltou ainda que superar essa realidade não é tarefa somente de um governo ou de um único poder ou por iniciativas isoladas de instituições. “Se somos capazes de aprender com nossa história, já temos elementos suficientes para reconhecer que apenas por meio de ações articuladas, conjuntas e sistemáticas, edificadas a partir do diálogo permanente entre todas as esferas do poder público, será possível construir soluções que conduzam nossas comunidades para o caminho da evolução contínua que tanto buscamos”, afirmou.

O presidente José Arthur Filho integrou a mesa de honra do evento juntamente com o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Reynaldo Soares da Fonseca, integrante do Comitê PopRua/Jud, do CNJ; com o 2º vice-presidente do TJMG e superintendente da Ejef, desembargador Renato Dresch; o corregedor-geral de Justiça, desembargador Luiz Carlos de Azevedo Corrêa Junior; a presidente do Comitê PopRua/Jus do TJ mineiro, desembargadora Maria Luíza de Marilac Alvarenga Araújo; o juiz auxiliar da 3ª Vice-Presidência do TJMG Marcus Vinícius Mendes do Valle; e a juíza auxiliar da Presidência do CNJ Fabiane Pieruccini, além de procuradores, defensores públicos, professores e representantes de instituições ligadas à sociedade civil.

O encontro nacional de comitês foi destinado a magistradas, magistrados, servidoras, servidores, colaboradoras, colaboradores, estagiárias, estagiários, estudantes das instituições de ensino parceiras, profissionais que atuam junto ao atendimento à população em situação de rua, além do público externo interessado.

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A desembargadora Maria Luíza de Marilac lembrou a instituição de políticas nacionais voltadas para pessoas em situação de rua e ressaltou a mudança de paradigma iniciada no tribunal mineiro (Crédito: Cecília Pederzoli/TJMG)

A desembargadora Maria Luíza de Marilac lembrou a instituição de políticas nacionais voltadas para pessoas em situação de rua e ressaltou a mudança de paradigma iniciada no tribunal mineiro. “Inclusive, desafiando o Judiciário a abrir as portas da Justiça e receber essa parcela da população, por exemplo, com o acesso aos prédios públicos favorecendo o acolhimento das pessoas com trajetória de rua”, ressaltou.

A magistrada também destacou a importância da análise de aspectos econômicos e sociais, de tecnologia, da necessidade de políticas públicas e do atendimento humanizado exercido por servidores e terceirizados, sempre “com paciência, empatia e escuta ativa em todos os serviços prestados pelo Judiciário”.

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A juíza auxiliar da presidência do CNJ Fabiane Pieruccini falou sobre a importância da Resolução 425 do CNJ, que define diretrizes e princípios para assegurar o amplo acesso à Justiça das pessoas em situação de rua. “Essa medida era necessária em função do exponencial aumento da população de rua em todo o Brasil, especialmente influenciado por questões econômicas. Por isso, nossos desafios estão voltados para saúde e violência, por exemplo, mas principalmente para a necessidade de criação de uma política habitacional no país. Na realidade, a Resolução 425 não precisaria existir se não existissem essas dificuldades, ou apenas deveria ser direcionada para uma pequena parcela da população, o que não é a realidade”, afirmou.

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O corregedor-geral de Justiça de Minas Gerais, desembargador Luiz Carlos de Azevedo Corrêa Junior, assinou, juntamente com o corregedor-geral do Ministério Público, procurador de justiça Marco Antonio Lopes de Almeida, uma recomendação conjunta para priorizar o andamento e o julgamento dos processos (Crédito: Cecília Pederzoli/TJMG)

Recomendação conjunta

O corregedor-geral de Justiça de Minas Gerais, desembargador Luiz Carlos de Azevedo Corrêa Junior, e o corregedor-geral do Ministério Público, procurador de Justiça Marco Antonio Lopes de Almeida, assinaram uma recomendação conjunta para priorizar o andamento e o julgamento dos processos e dos procedimentos que tenham como objeto a garantia dos direitos fundamentais das pessoas em situação de rua, em especial idosos e pessoas com deficiência.

A recomendação aos juízes de direito e aos promotores de justiça também prevê a adoção de medidas para superar a situação de vulnerabilidade social extrema e a responsabilização civil, criminal e administrativa dos violadores dos direitos das pessoas em situação de rua. O documento ressalta, por exemplo, a promoção e participação em audiências públicas nas comarcas com a finalidade de contribuir para a erradicação de atos violentos e de ações vexatórias e de preconceitos sociais que estimulem a discriminação e a marginalização das pessoas em situação de rua.

O corregedor Corrêa Junior elogiou a importância da recomendação conjunta e apontou alguns pontos principais do documento, como a atenção aos processos judiciais dos mais vulneráveis, a atenção às demandas daqueles que estão causando essa vulnerabilidade e a realização de audiências públicas. “São nessas audiências que temos contato com a realidade que, muitas vezes, os integrantes desconhecem. Assim, é possível fazer justiça para aqueles que mais necessitam dela”, disse.

Antes de iniciar os painéis e debates previstos para o Encontro Nacional de Comitês Judiciais, o 2º vice-presidente do TJMG, desembargador Renato Dresch, disse que é preciso pensar diariamente nas pessoas desamparadas. “A Constituição assegura o direito à moradia, portanto, é fundamental trabalhar diariamente em prol de uma sociedade livre, mais justa e solidária. A ação deve ser multidisciplinar provocada pelo sistema de Justiça em busca de melhoria na saúde, na segurança e sem desigualdades”, completou.

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O ministro do STJ, Reynaldo Soares da Fonseca, lembrou que 24 milhões de brasileiros não têm habitação condizente no país, tendo ainda 100 milhões de pessoas sem saneamento básico (Crédito: Cecília Pederzoli/TJMG)

Painéis

O dia de debates do Encontro Nacional foi iniciado com o painel sobre medidas para inclusão das pessoas em situação de rua, com o ministro do STJ Reynaldo Soares da Fonseca como expositor e como debatedoras a desembargadora do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6) Luciana Pinheiro Costa e a presidente do Instituto de Apoio e Orientação a Pessoas em Situação de Rua (Inaper), Maria Angélica Lugon.

O ministro lembrou que 24 milhões de brasileiros não têm habitação condizente no país, tendo ainda 100 milhões de pessoas sem saneamento básico. “Tratar de pessoas é tratar do Brasil. O país está enfermo”, ressaltou. O magistrado falou ainda sobre fraternidade, ressaltando que esse conceito é muito maior do que o de solidariedade. “Fraternidade é uma categoria política de uma sociedade humanizada. É fundamental o resgate desse princípio que é capaz de fazer com que os povos vivam em paz entre si. A responsabilidade não é só do Estado, mas de toda a sociedade civil”, disse.

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No segundo painel do encontro, foi debatida a audiência pública como estratégia para o acesso à Justiça da pessoa em situação de rua. O expositor foi o juiz diretor do Foro de Belo Horizonte e integrante do Núcleo do Voluntariado do TJMG, Sérgio Henrique Cordeiro Caldas Fernandes, e como debatedores, o representante do Movimento Nacional da População em Situação de Rua Samuel Rodrigues e o promotor de justiça e coordenador da Coordenadoria de Inclusão e Mobilização Sociais (Cimos), Paulo Cesar Vicente de Lima.

O juiz Sérgio Henrique Fernandes citou todas as audiências públicas realizadas em Minas Gerais por meio do Comitê PopRua/Jus e disse que a proposta das audiências públicas é ouvir as pessoas em situação de rua. Segundo ele, assim foi possível entender as principais necessidades e anseios desse público e de representeantes de instituições que lidam com o tema. “A gente busca Justiça, e Justiça é uma virtude ética que é vinculada ao outro, tendo o outro como ideal”, salientou.

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O encontro nacional reuniu magistrados, servidores, colaboradores, estagiários, estudantes de instituições de ensino e profissionais que atuam junto ao atendimento à população em situação de rua (Crédito: Cecília Pederzoli/TJMG)

O juiz federal do TRF de São Paulo (TRF3), Renato Câmara Nigro, participou por meio de videoconferência do painel sobre os comitês multiníveis, multissetoriais e interinstitucionais como instrumentos de gestão e governança da política judicial. Juntamente com ele, atuaram como expositoras a juíza e coordenadora da Política Nacional Judicial de Atenção a Pessoas em Situação de Rua do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, Luciana Yuki Fugishita Sorrentino, e a irmã Maria Cristina Bove Rolelett, da Pastoral do Povo da Rua da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Renato Câmara Nigro lembrou os números das desigualdades no Brasil e no mundo e disse que a grande missão dos comitês é cuidar da formação de redes interinstitucionais, incluindo o Judiciário e instituições públicas e com fins sociais. “Para isso acontecer, é fundamental acionar as pessoas para estabelecer fluxos de trabalho, sempre atento às peculiaridades das pessoas vulneráveis. O comitê terá, portanto, essa função gestora, sempre orientado pelo comitê nacional do CNJ e tendo como base a Resolução 425, de 2021”.

Rua de Direitos

Neste sábado (28/10), das 9h às 15h, o TJMG e o Comitê Pop Rua/Jus, juntamente com 24 apoiadores, promovem mais uma edição do Rua de Direitos. O mutirão será realizado no Centro de Referência das Juventudes (CRJ), no Centro de Belo Horizonte, e vai oferecer vários serviços gratuitos para a população em situação de rua.

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Fonte: Tribunal de Justiça de MG

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TJMG participa da abertura da 24ª Conferência Nacional da OAB

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A 24ª Conferência Nacional da Advocacia Brasileira foi aberta nesta segunda-feira (27/11) e segue até quarta-feira (29/11) (Crédito: Euler Junior/TJMG)

O desembargador Eduardo Machado Costa representou o presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, desembargador José Arthur de Carvalho Pereira Filho, na solenidade de abertura da 24ª Conferência Nacional da Advocacia Brasileira, realizada nesta segunda-feira (27/11), no Expominas, em Belo Horizonte. O evento, organizado pelo Conselho Federal da OAB e pela Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Minas Gerais (OAB-MG), reuniu diversas autoridades dos Poderes Judiciário, Executivo e Legislativo, entre elas o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Roberto Barroso, e os ministros do STF Dias Toffoli e Edson Fachin.

Com o tema “Constituição, Democracia e Liberdades”, a conferência discutirá as principais questões do universo jurídico, em especial, os assuntos do momento atual do país. A programação segue até quarta-feira (29/11) com 50 painéis e duas conferências magnas, totalizando quase 500 palestrantes nacionais e internacionais. O evento, que acontece a cada três anos, espera receber aproximadamente 20 mil pessoas, entre advogados, estudantes, juristas, magistrados, deputados estaduais e federais e membros do poder Executivo.

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O presidente do STF, ministro Roberto Barroso, e o ministro Dias Toffoli participaram do evento (Crédito: Euler Junior/TJMG)

O desembargador Eduardo Machado Costa reiterou a necessidade do diálogo permanente e do fortalecimento dos laços entre as instâncias superiores e a classe dos advogados. “É muito importante porque sabemos que, por força da Constituição, o advogado é indispensável à administração da Justiça. É bom sempre estarmos unidos com a OAB e com todos os outros poderes. A relação do TJMG com a classe dos advogados deve ser pautada sempre pelo respeito, como sempre foi”, afirmou.

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O desembargador Eduardo Machado Costa representou o presidente do TJMG, desembargador José Arthur Filho (Crédito: Euler Junior/TJMG)

Homenagens

Durante a solenidade de abertura, a OAB outorgou a Medalha Rui Barbosa ao membro honorário vitalício, Bernardo Cabral. A honraria foi entregue pelo presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti, e pela secretária-geral do Conselho Federal da OAB, Sayury Otoni.

O homenageado atuou como advogado, jornalista, promotor, chefe de polícia e psicólogo. Presidiu o Conselho Federal da OAB no biênio 1981-1983 e foi relator-geral da Assembleia Constituinte, tendo sugerido a inclusão na Carta do artigo 133, que define o advogado como indispensável à administração da Justiça. A medalha Rui Barbosa é a maior honraria da OAB Nacional.

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Na ocasião, a secretária-geral adjunta da OAB, Milena Gama, homenageou o patrono nacional do evento, Alberto Simonetti Cabral Filho, que completaria 77 anos exatamente nesta segunda-feira (27/11). O jurista e patrono da advocacia mineira, Jair Leonardo Lopes, falecido em 2016, também foi homenageado.

Discursos

Em seu discurso de abertura, o presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti, reforçou o papel da Ordem como espaço de reafirmação das garantias e de defesa das prerrogativas da advocacia. “Temos compromisso com a excelência do ensino do Direito. Temos compromisso com a liberdade do povo brasileiro. Temos compromisso com a ampla defesa e com o devido processo legal. Desses princípios, jamais podemos nos afastar.”

Ele citou o artigo 133 da Constituição: “O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão.” Segundo Beto Simonetti, “defender o advogado é defender os direitos e garantias fundamentais dos mais de 200 milhões de brasileiras e brasileiros.”

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O presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti, reforçou o papel da advocacia na defesa dos direitos fundamentais (Crédito: Euler Junior/TJMG)

O presidente da OAB/MG, Sérgio Leonardo, defendeu a efetividade das garantias constitucionais da ampla defesa, do contraditório e do devido processo legal, legitimando as sentenças judiciais. “Somos não apenas indispensáveis à administração da justiça, mas verdadeiros protagonistas da pacificação social, tão almejada em nosso país”, disse.

O presidente da OAB-MG destacou os avanços obtidos no Estado por meio da justiça inclusiva, participativa e inovadora. “Nosso trabalho aqui em Minas Gerais é lastreado na inovação, na inclusão e no avanço, e tem como foco nossa concepção de sermos instrumentos de transformação positiva da realidade”, afirmou.

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O presidente da OAB/MG, Sérgio Leonardo, disse que os advogados atuam em prol da pacificação social (Crédito: Euler Junior/TJMG)

Conferência Magna

A Conferência Magna de Abertura foi ministrada pelo presidente do STF e do CNJ, ministro Roberto Barroso. Ele fundamentou a palestra na Constituição, na democracia e nas liberdades.

O ministro citou os avanços provenientes da Constituição de 1988 para garantia dos direitos fundamentais, como a luta contra a violência doméstica, as cotas raciais para acesso às universidades, o reconhecimento das uniões homoafetivas, a criminalização da homofobia, a demarcação das terras indígenas e o Estatuto das Pessoas com Deficiência.

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“Tivemos avanços em matéria de direitos fundamentais das mulheres. Poucas transformações foram mais importantes do que a extensão feminina ao longo desses 35 anos, como a igualdade conjugal, liberdade sexual, e a luta contra a violência doméstica pela lei Maria da Penha”, afirmou.

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O presidente do STF e do CNJ, ministro Roberto Barroso, ministrou a Conferência Magna de Abertura (Crédito: Euler Junior/TJMG)

O presidente do STF defendeu a diversidade de ideias e reiterou que ninguém detém o monopólio da verdade. “A democracia brasileira tem espaço para todos, para os conservadores, para os liberais e progressistas e, por isso, é tão importante a alternância de poder. As sementes da civilidade estão perdidas. É preciso que cada um defenda a sua verdade e possa ser respeitado por isso”, disse.

Barroso reconheceu que em uma Suprema Corte, que julga as questões mais diversas na sociedade brasileira, é preciso ter coragem e imparcialidade. “As decisões desagradam o ruralista ou o ambientalista, os indígenas, agricultores ou contribuintes. Faz parte da vida de um tribunal independente e corajoso, desagradar. É preciso conviver com a crítica, mas é preciso preservar as instituições com coragem e altivez”, frisou.

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O ministro do STF, Dias Toffoli (à esquerda), também participou da abertura da conferência (Crédito: Euler Junior/TJMG)

O ministro Roberto Barroso citou os avanços do Brasil nos últimos 200 anos, mas considerou que erradicar a pobreza precisa estar no topo das prioridades do país, além da retomada do crescimento econômico, investimento na educação básica e na ciência e tecnologia. Ele exaltou a revolução tecnológica que universalizou a informação, mas, por outro lado, alertou para o crescimento das “fake news”.

“O mundo está enfrentando um problema ético e não temos o direito de mentir para defender um ponto de vista. Aliás, qualquer causa que precise de mentira e de ódio tem algum problema, de modo que nós precisamos fazer com que mentir volte a ser errado de novo na vida brasileira”, concluiu.

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Fonte: Tribunal de Justiça de MG

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