Tribunal de Contas

Tribunal determina aprimoramento do sistema fiscal e tributário de município no Triângulo Mineiro

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 “Considerando os problemas constatados na estrutura legislativa, física e operacional da administração tributária municipal e a consistência das conclusões obtidas pela equipe de auditoria, acolho integralmente as medidas propostas para melhoria da arrecadação própria municipal”, foram as palavras do conselheiro José Alves Viana, na sessão da Segunda Câmara dessa terça-feira (24/10), ao relatar seu voto no processo n. 1054204, referente à auditoria no município de Uberaba, no exercício de 2017 e janeiro a julho de 2018.

O objetivo do procedimento é analisar a estrutura legislativa, física e organizacional da administração tributária municipal. A exemplo do que vem acontecendo em outros municípios mineiros, pretende-se com essa ação propiciar a Uberaba um incremento em suas normas, em seu quadro de pessoal, em sua infraestrutura e nas rotinas de gestão de seus tributos próprios, inclusive quanto à cobrança administrativa e judicial, para melhorar sua arrecadação tributária.

No decorrer das atividades, foram verificadas fragilidades na estrutura, o que motivou a equipe auditora a propor a celebração de Termo de Ajustamento de Gestão (TAG), com obrigações e com estabelecimento de prazos para implementação, pactuados entre a municipalidade e o Tribunal. Entre outros achados que evidenciam a precariedade do sistema tributário local,  a equipe constatou a inexistência de planejamento da fiscalização e de procedimentos fiscalizatórios de arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS); ausência de planejamento e de elaboração de cronograma de fiscalização do referido imposto bem como de rotinas de controle para aferição de seu cumprimento, planejamento e fiscalização. O município também não realiza fiscalização baseada em monitoramento de arrecadação de contribuintes do ISS, tampouco ações fiscais nos locais e estabelecimentos onde se exercem as atividades sujeitas às obrigações tributárias, com a finalidade de “obter elementos que lhe permitam verificar a exatidão das declarações apresentadas pelos contribuintes e responsáveis e de determinar com precisão a natureza e o montante dos créditos tributários”.

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Dessa forma, com extenso rol de recomendações e metas, que visam a auxiliar o município no aprimoramento de suas ações fiscais, a Corte de Contas, sob pena de multa, determinou à prefeitura que, no prazo de 180 dias, promova a substituição da terceirização da arrecadação e gestão do ISS, investindo em uma estrutura própria e especializada, que desempenhe as atividades tributárias. Determinou, ainda, além de outras incrementos, implantar e implementar o planejamento das ações fiscais por meio de um plano anual de fiscalizações bem como monitorar a arrecadação dos inadimplentes, de modo a potencializar a arrecadação tributária em Uberaba.


 Denise de Paula / Coordenadoria de Jornalismo e Redação 

Fonte: Tribunal de Contas de MG

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Tribunal de Contas

Professores da UFMG e da Universidade de Lisboa debatem sobre análise econômica do Direito

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O presidente do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG), conselheiro Gilberto Diniz, considerou a interpretação do Direito sob o viés econômico “muito proveitoso” para as atribuições do controle externo, ao abrir na tarde desta segunda-feira (27) o evento “Política de controle e transparência no Brasil e na Europa”.  O encontro faz parte da parceria firmada com Centro de Excelência Jean Monnet e contou com a participação de especialistas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade de Lisboa, que conduziram dois painéis de debates a partir de uma análise econômica do Direito. 
 
“O Tribunal de Contas tem entre os seus princípios a eficiência e, a fiscalização, que é exercida pelo Tribunal, tem sobre o seu viés examinar a economicidade. Eu entendo que este enfoque que é dado no exame do Direito será muito proveitoso, principalmente se aliarmos a metodologia que é utilizada no estudo da economia do direito, com as técnicas que são verificadas nas normas brasileiras de auditoria do setor público”, avaliou o presidente. 
 
O professor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e doutor em Ciências Jurídico-Econômicas, Fernando Araújo, foi um dos participantes do painel presidido pela coordenadora do Curso de Pós-Graduação da Escola de Contas e Capacitação Professor Pedro Aleixo, Luciana Raso, com o tema “Análise Econômica do Direito”. 
 
O professor avaliou de forma “positiva” o intercâmbio de experiências entre os dois países e fez uma abordagem teórica do tema, destacando como a análise econômica influencia nas ações de controle externo, tendo como base a estrutura judicial portuguesa. O professor explicou as diferenças entre os tribunais de contas brasileiros e o Tribunal de Contas português que funciona como uma instância independente da justiça comum. 
 
“Tem sido um intercambio que tenho assistido há muitos anos, Portugal exportou várias coisas, a língua, a cultura e uma estrutura judiciária. Os Tribunais de Contas do Brasil têm uma linha menor de poder de atuação do que em Portugal, o que não tem gravidade especial, são as regras do jogo. Os controlados no Brasil sabem que podem ser auditados e as consequências de uma auditoria negativa que podem leva-los a tribunais comuns, enquanto em Portugal a jurisdição é diretamente do próprio Tribunal de Contas, que julga e diretamente sanciona, sendo mais ágil na resposta”, comparou o professor. 
 
 
Felipe Jácome/Coordenadoria de Jornalismo e Redação 

Fonte: Tribunal de Contas de MG

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