
COMITIVA POLÍTICA
Governador e candidato à reeleição ofereceu apoio sem coligação formal ao presidente em Minas. Zema revelou preferência por Eduardo Costa como vice
Por O TempoPublicado em 4 de julho de 2022 | 22h44 – Atualizado em 4 de julho de 2022 | 22h44
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Não foi somente a dívida do Estado que esteve na pauta do governador Romeu Zema (Novo) com o presidente Jair Bolsonaro (PL). Eles também discutiram a sucessão no Estado. De acordo com fontes de O TEMPO em Brasília, uma reunião política levou para a mesma mesa, além de Bolsonaro e Zema, o secretário de Estado de Governo, Igor Eto, o deputado federal Marcelo Aro (PP) e os ministros da Defesa, Braga Netto, e das Comunicações, Fábio Faria.
O presidente abriu a reunião falando da necessidade de composição em Minas, mas não teria recebido bem a proposta de Zema, que apresentou a ele uma sugestão de apoio sem coligação formal. O governador teria confirmado o desejo de indicar o jornalista Eduardo Costa como o seu vice e o deputado estadual Marcelo Aro para ser o candidato ao Senado.
O secretário de Governo, Igor Eto, teria dito no encontro que o Novo vai ter candidato próprio a presidente e, por isso, não poderia assumir compromissos formais nem ceder espaço de palanque. O acordo com Bolsonaro, entretanto, seria garantido pelo governador em encontros e eventos da campanha.
Por outro lado, o PL não reagiu bem. O partido do presidente não abre mão de indicar pelo menos um nome na chapa de Zema. Esse nome poderia ser o do deputado federal Marcelo Álvaro Antônio. Os bolsonaristas também veem com bons olhos a indicação de Bilac Pinto, do União Brasil, para a vaga de candidato a vice-governador.SEGUIR
Vale ressaltar que, se o PL de Minas não for atendido com a vaga ao Senado e a retirada de Marcelo Aro dos planos, poderá lançar candidatura avulsa ao Senado de Marcelo Álvaro Antônio.PUBLICIDADE
Depois de todas as propostas colocadas, Bolsonaro e Zema se reuniram de portas fechadas e a sós. Essa segunda reunião teria ocorrido para que Bolsonaro manifestasse seu desconforto com a indicação de Marcelo Aro. Segundo pessoas ligadas ao presidente, um dossiê, contendo suspeitas de agressão cometida contra mulher por parte de Aro, foi entregue a Braga Netto.
Para bolsonaristas, ter ao lado alguém que pode ter cometido agressão contra uma mulher é muito ruim, pois o eleitorado feminino já tem uma rejeição maior ao nome do presidente. Com isso, as definições foram mais uma vez adiadas.
Pessoas próximas do presidente afirmam que Bolsonaro demonstrou desânimo após o encontro, citando a postura do Novo e de Zema e sua equipe, considerada intransigente.