DEPUTADA ANA PAULA LEÃO PRESSIONA POR RETOMADA DOS ATENDIMENTOS DA PM PELO APP SALVE MARIA EM UBERLÂNDIA

 Em reunião realizada no dia 12 de abril com as vereadoras Gláucia da Saúde, Janaína e o vereador Abatenio, e as lideranças Ana Maria, Fátima Catunda, Silvânia e Lúcia Medeiros.
Com uma média de 117 medidas protetivas expedidas por mês e liderando o ranking de feminicídios em Minas Gerais, Uberlândia convive com um cenário alarmante de violência contra a mulher. Apesar disso, a Polícia Militar decidiu suspender o atendimento via aplicativo Salve Maria, ferramenta fundamental para garantir a segurança das mulheres na cidade. Como idealizadora, membro da Frente Parlamentar da Segurança Pública e da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, a deputada Ana Paula Leão tem pressionado pela revogação urgente da decisão desde que soube da medida, tanto nas redes sociais quanto por meio de ofício enviado ao Governo de Minas. “É inadmissível que Uberlândia, liderando feminicídio no Estado de Minas Gerais, um aplicativo que salva vidas, que tem resultado, seja simplesmente esquecido. A segurança da mulher não pode depender de apenas um número. O Salve Maria é mais do que um aplicativo, é um escudo contra a violência”, disse a parlamentar. Lançado em 2019, durante o período em que Ana Paula estava à frente da Secretaria de Governo e Comunicação, o app já conta com mais de 13 mil downloads e cerca de 1.400 denúncias registradas. A justificativa para a suspensão, conforme comunicado da Polícia Militar, é a necessidade de “alinhamento de procedimentos” e na busca por um processo de atendimento mais “eficiente e organizado”, conforme as normas internas da PMMG. Ainda informou que, a partir de agora, as solicitações devem ser centralizadas no atendimento padrão, com o número 190 como o canal oficial de comunicação.

MOTOS E MOTOS

SALVE MARIA
O Salve Maria é um aplicativo gratuito, disponível nas plataformas Android e iOS, que integra a política pública de enfrentamento à violência contra a mulher em Uberlândia. Lançado no dia 12 de março de 2019, durante a inauguração da nova Casa da Mulher, o app foi pensado como uma ferramenta de denúncia ágil, segura e acessível, voltada tanto para vítimas quanto para qualquer pessoa que queira relatar abusos.
Por meio do aplicativo, é possível registrar violências de ordem física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. Em situações de urgência, o botão do pânico aciona instantaneamente a Polícia Militar, que até recentemente acompanhava em tempo real os chamados.
Outra funcionalidade do app é o botão “denúncia”, que permite o envio de informações detalhadas sobre a vítima e o agressor, além de anexos como fotos e vídeos que auxiliam nas investigações. “Interromper um serviço que tem salvado vidas é um retrocesso incompreensível. As mulheres estão, mais uma vez, vulneráveis, e não podemos esperar que a situação piore para tomar uma atitude. A mobilização precisa ser feita agora, de forma urgente, por todos os setores e por todas as pessoas que se preocupam com a proteção das mulheres", concluiu a deputada Ana Paula Leão.​

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