ARTESÃS DA FEIRARTE DE PATROCÍNIO DENUNCIAM REPRESSÃO NA PRAÇA SANTA LUZIA

A Associação das Artesãs de Patrocíniom (Feirarte), o Ateliê Quitéria e a Kokedamas tornaram público, na última quinta-feira (28), um episódio que classificam como constrangedor e desrespeitoso envolvendo a prefeitura municipal. Durante um evento de inauguração, as artesãs foram impedidas de expor seus trabalhos no local previamente combinado. Segundo relatos, fiscais municipais e a Polícia Militar instruíram as expositoras a deixarem o espaço, alegando ordens superiores.
O Ateliê Quitéria, uma das integrantes da @feirarteartesasptc (Feira de Artesãs de Patrocínio), informou que decidiu não participar da programação natalina da Praça Santa Luzia como forma de protesto. “Ouvimos frases como ‘Aqui não podem ficar’ e ‘Só do outro lado’ de fiscais e da Polícia Militar. Em respeito às mulheres da FeirArte, que decidiram permanecer e foram forçadas a mudar de lugar duas vezes, o Ateliê Quitéria não estará na praça nesses dias”, declarou Élida, responsável pelo ateliê. A Kokedamas, de Danielle Silva desabafou e fez uma reflexão: "Isso é um absurdo e uma afronta ao nosso direito de trabalhar e nos expressar. As artesãs locais contribuem de forma significativa para a economia e a cultura de nossa cidade. Merecemos respeito e apoio, não repressão. Vamos continuar lutando pelos nossos direitos e pela valorização do trabalho artesanal. Agradecemos a todos que apoiam nossa causa e pedimos que compartilhem essa mensagem para que situações como esta não voltem a acontecer mais".
ARTESÃS ENFRENTAM DIFICULDADES
Segundo Rosemary Silva, integrante da associação, as artesãs lutaram mais de um ano para formalizar a entidade, cumprindo todas as exigências legais do município, como o pagamento de alvarás e taxas. “Merecemos mais respeito e espaço para mostrar nosso trabalho”, disse.
A associação, que já possui vínculo com a ACIP/CDL, relata que enfrentou situações constrangedoras no evento. “Pagamos alvará municipal anualmente, somos associadas da ACIP e ainda assim passamos por uma situação humilhante”, diz a nota oficial da entidade.
INDIGNAÇÃO E REPERCUSSÃO NAS REDES
A situação gerou grande repercussão nas redes sociais, com mensagens de apoio às artesãs e críticas à organização do evento. Meire Souza Oliveira, uma das seguidoras da FeirArte, lamentou o ocorrido. “Faltou respeito com as pessoas envolvidas, que se prepararam muito para este evento. É lamentável! Que novas pessoas, competentes e que realmente conheçam a arte de organizar eventos, assumam essas funções no futuro.”
Outros seguidores incentivaram Élida e as artesãs a não se abaterem com o ocorrido. “Élida, não deixe que o que aconteceu ontem tire todo o brilhantismo do trabalho do Ateliê Quitéria”, escreveu outra apoiadora nas redes sociais. A ausência da FeirArte no evento natalino da Praça Santa Luzia já impacta a programação. Conhecidas pela qualidade e criatividade de seus trabalhos, as artesãs locais desempenham papel importante na cultura e economia da cidade.
ARTESÃS REFORÇAM LUTA
Apesar do ocorrido, as artesãs garantem que continuarão lutando por seus direitos e pela valorização do trabalho artesanal. “Vamos seguir firmes no propósito de mostrar nosso trabalho e levar arte e cultura para a nossa comunidade. Isso é maior do que qualquer barreira”, finalizou a nota da associação.
A FeirArte aproveitou para agradecer o apoio recebido e pediu que a comunidade continue acompanhando seu trabalho. O grupo planeja novas mobilizações e espera que a prefeitura reveja sua postura em relação aos artesãos da cidade, garantindo condições adequadas para a exposição de seus produtos em eventos futuros.
Até o momento, a prefeitura de Patrocínio não emitiu nenhum comunicado oficial sobre o caso.
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