AGRO AMAZÔNIA FARÁ INVESTIMENTOS DE R$ 150 MILHÕES EM PATOS DE MINAS EM INDÚSTRIA DE BENEFICIAMENTO DE SEMENTES

Marco Aurélio Neves / Diário do Comércio
A cidade de Patos de Minas, no Alto Paranaíba, foi escolhida pela Agro Amazônia para sediar sua primeira indústria de beneficiamento de sementes. Os investimentos da gigante do varejo agropecuário são da ordem de R$ 150 milhões. Quando estiver pronta, a indústria vai gerar 30 empregos diretos e 150 indiretos. A capacidade total de produção será de 1 milhão de sacas de sojas beneficiadas por ano. Minas Gerais é considerado um estado estratégico para os negócios da companhia, controlada pela japonesa Sumitomo Corporation.
Este não é o primeiro investimento da Agro Amazônia no Estado. Há cerca de um ano, a empresa adquiriu a Nativa Agronegócios, empresa também da região do Triângulo Mineiro do ramo varejista de defensivos agrícolas, sementes e fertilizantes. “Como indústria, nós escolhemos a região de Patos para fazer o segundo investimento dentro de Minas Gerais, que é o parque industrial de sementes que a gente quer estabelecer aí para nosso projeto de suprimento de sementes para os agricultores do Cerrado”, declara o diretor de Sementes da Agro Amazônia, Viumar Joenck.
A localização do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba é considerada muito favorável para o processo de produção de sementes por sua altitude elevada e condição climática. A Agro Amazônia compra sementes da região há pelo menos 15 anos. “Na nossa visão, está entre as melhores regiões para produção de sementes do Brasil. Nós escolhemos Patos em função disso. São características ambientais muito favoráveis para a produção de sementes, que é o nosso foco, nosso objetivo dentro desse projeto”, completa Joenck.
NOVOS INVESTIMENTOS EM MINAS GERAIS
O diretor revela que a empresa está com um projeto de expansão, juntamente à Nativa Agronegócios, para uma cobertura das áreas de produção agrícola no Estado. A depender do desempenho da nova indústria em Patos de Minas, é possível que novos investimentos sejam feitos. “Os resultados sendo positivos dentro daquilo que está sendo projetado, é possível no futuro a gente verificar a possibilidade de ampliar o investimento, dentro da própria estrutura ou em um novo projeto dentro de Minas Gerais”, declara Joenck.
Ao adquirir a Nativa, a Agro Amazônia teve acesso a uma expertise em produtos que não eram operados anteriormente pela empresa, como o leite. Agora, a expectativa é de uma ampliação de unidades para explorar o território favorável para o desenvolvimento das diversas culturas trabalhadas pela companhia. “A operação de sementes está agregada às áreas de produções de grandes culturas: Patos, Patrocínio, Uberlândia. Todas essas áreas são cabíveis de produção de matéria-prima para abastecimento dessa indústria. O projeto contemplou uma logística de cobertura para retirada de matéria-prima, que contempla uma área bem expressiva dessa região. Patos está no centro do negócio. Ela é o ponto central”, explica o diretor.
FOCO DOS INVESTIMENTOS, ESTADO É PRINCIPAL FORNECEDOR
Viumar Joenck destaca que Minas Gerais é o principal estado fornecedor de semente de soja da Agro Amazônia. As exportações mineiras abastecem a comercialização nos estados do Mato Grosso, Rondônia, Pará, Goiás e Maranhão, por exemplo. Pelas características regionais, como clima, regime de chuvas, temperatura e altitude, a perspectiva é que, juntamente dos novos investimentos, essa liderança permaneça.
A Agro Amazônia acaba de completar 40 anos de mercado e conta com solidez financeira e portfólio amplo, proporcionado, principalmente, após a compra pela Sumitomo Corporation, em 2015. Com a aquisição da Nativa, em 2022, a empresa adicionou mais robustez financeira e técnica. “É um mercado que está passando por dificuldades, mas é uma empresa que faz investimentos porque acredita em projetos de longo prazo. Não é o momento que define, mas a história dela e o futuro que norteiam o que está sendo projetado”, finaliza Joenck.
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